quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Por mim? Sim.

Se essa bússola, se essa bússola que te move fosse minha
Eu mandava, eu mandava em mim mirar.
Com flechinhas, com flechinhas de encanto
Pra você, pra você se apaixonar...

O vento que bate desse teu lado
Afaga os meus cabelos quando avisto o mar.
Ah! Quantas águas, quantas águas pra remar!
Ainda assim, a vontade é grande de atravessar.

Atravessar a rua, entrar no outro mundo
Me levar até onde os nossos olhos se esbarrem.
Observar até onde vai este olhar profundo
Que até fechado, causa tanto vislumbre.

Das coisas mais singelas dessa vida
Trago a certeza de que sorriso tão belo nunca vi.
E que de tão maravilhoso foi o tempo
Que nem a hora passando eu senti.

É curioso pensar que, obrigados pelo cansaço
O sono nos pegou, e nos fez descansar
O hilário foi que no mundo das ideias
Continuamos a conversar.

Algumas pequenas faíscas queimavam dentro de mim
Alguma mera timidez se demonstrava nas tuas ações
A admiração que me levou a te observar por horas sem fim
Faz com que eu creia nas próximas situações.

Não chateie-se por eu não ter me despedido, e ter fingido sono.
É que sem jeito fiquei ao notar que...

Eu não queria ir embora.
Eu não queria que você fosse embora.

Então, ao invés de sonhar em voltar no tempo
Nos esbarremos! E simplesmente fiquemos.
Assim.
Sem gosto de fim.