Ela se choca seriamente à facilidade de se estar em ódio. A rapidez do pensamento e das atitudes impensadas, das palavras mal expressadas e da gratidão não dita.
A falta que faz um retorno nascido das expectativas.
Um tanto duro não se deixar levar pelo movimento quase natural de culpar o próximo por não corresponder ao script, por não seguir cada fala. Fato que na vida o outro pode improvisar tanto que termina sua fala e vai embora.
E cá fica o curta metragem, fim sem gosto de fim, vento com gosto de abandono, história que se esvai pelas mãos.
Até onde o ser humano se deixa levar? Até onde vai a persuasão do outro e quanto tempo preso vive uma vontade afogada pelos anos?
E quando rompe feito corrente nova que simplesmente quebra por falta de qualidade de material, que se desfaz? Cair da própria altura (ou pior, da altura do próximo) e erguer de si mesmo é um problema e tanto. Mas algo tão necessário que não devia ser surpresa ou inovação na altura do campeonato. E ela apenas se lembrara disso ao seu rosto encostar bruscamente no chão.
E aos poucos, toma altura. Toma postura. Conforme isso ocorre, o horizonte se abrange.
Respira e arde, respira e alivia. Respira e doi, respira e alegria. Faz parte.
Agradece os aprendizados e os exemplos do que não mais aceitar ou não mais fazer pra si.
Aquele rosto se grava como a mais bela e nova desilusão dos últimos tempos. Quiçá, a maior e mais estapafúrdia delas. Balança a cabeça negativamente e olha pro céu. Tenta, novamente, entender a vida, sem sucesso algum.
E com um meio sorriso, ela de despede daquela rotina e da frágil maturidade, que com tanto espaço, não soube caber e crescer.
E anda pra frente, sem olhar pra trás.
Porque pra vida, só quem se atreve a viver.
sábado, 22 de agosto de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
chuva
Calma. Tenha calma que a vida não é só isso tudo não.
Vou te falar, tu tem mais é coisa pra viver.
To falando sério!
AS coisas andam meio esquisitas, o coração de vez em
quando faz força, sinal de que tá vivo, dá pontadas, sofre... Normal.
Não é a primeira vez e arriscaria a dizer que não será
a última.
Tudo tem seu tempo.
Ando acreditando que a vida não tem respeitado o meu
tempo. Ou seria eu?
As coisas raramente estão se casando, se encontrando. O
mundo atual mais me parece um samba do desencontro do que qualquer outra coisa.
Dói tanto enxergar isso. Me dá um nó.
E olha que nó, já sou.
Me admito ansiosa, me desfaço em lamúrias, enjôo,
agonizo.
Se está tudo cedo, também acho que é cedo demais pra
sofrer.
Um romper.
As sensações e os sentimentos de forma alguma são
controláveis, entendo e respeito isso.
Tanto que estou a ponto de enlouquecer de saudade ou do
que penso que sinto que é saudade, ou do teu corpo ou do corpo de ter alguém,
que estou aqui, miando em outro local aquém teu ouvido, teu espaço.
Esse esforço todo me tira as energias, me torno sedenta
de saudade. Ou do que tentei entender do que chamo saudade.
As coisas não são só. São muitas. São além.
Mas não sou eu que preciso entender isso...
Eu quero, e doi. Porque uma coisa é dizer, outra é
fazer.
“Pode ser” não é “Beleza, fechado”.
To tentando aprender tanto tanta coisa junto que nem
sei mais diferenciar e nem dizer o que é o que.
To doida.
Bem que a criança avisou.
Essa agonia vai passar, não vai?
Ela bem que podia passar agora, e eu entender de uma
vez por todas o que quer que a vida queira me mostrar, com você, com tudo.
Dessa vez choro menos, mas não sei se sofro menos.
Tempo não é medida, é energia.
Me moldo nas intensidades de tudo.
Mergulho muito além do que o normal.
Essas cicatrizes não estão aqui a toa.
Apesar de tudo meu sorriso é natural
Sorte daquele que o arranca assim
Assumo doer, assumo morrer
Toda vez que o amor me deixa.
E assumo viver, assumo florescer
Toda vez que o amor retorna.
Agora, assumo ceder.
Assumo sofrer.
Antes de mais nada, assumo você.
Assumo sua falta, sem ninguém precisar perguntar.
Assumo gritar sua volta, ainda que esteja parcialmente
aqui.
Fica faltando um pedaço, como bem diz o poeta.
Volta, assume, e não some.
Que de sumiço, já basta o bom da vida.
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