Ela se choca seriamente à facilidade de se estar em ódio. A rapidez do pensamento e das atitudes impensadas, das palavras mal expressadas e da gratidão não dita.
A falta que faz um retorno nascido das expectativas.
Um tanto duro não se deixar levar pelo movimento quase natural de culpar o próximo por não corresponder ao script, por não seguir cada fala. Fato que na vida o outro pode improvisar tanto que termina sua fala e vai embora.
E cá fica o curta metragem, fim sem gosto de fim, vento com gosto de abandono, história que se esvai pelas mãos.
Até onde o ser humano se deixa levar? Até onde vai a persuasão do outro e quanto tempo preso vive uma vontade afogada pelos anos?
E quando rompe feito corrente nova que simplesmente quebra por falta de qualidade de material, que se desfaz? Cair da própria altura (ou pior, da altura do próximo) e erguer de si mesmo é um problema e tanto. Mas algo tão necessário que não devia ser surpresa ou inovação na altura do campeonato. E ela apenas se lembrara disso ao seu rosto encostar bruscamente no chão.
E aos poucos, toma altura. Toma postura. Conforme isso ocorre, o horizonte se abrange.
Respira e arde, respira e alivia. Respira e doi, respira e alegria. Faz parte.
Agradece os aprendizados e os exemplos do que não mais aceitar ou não mais fazer pra si.
Aquele rosto se grava como a mais bela e nova desilusão dos últimos tempos. Quiçá, a maior e mais estapafúrdia delas. Balança a cabeça negativamente e olha pro céu. Tenta, novamente, entender a vida, sem sucesso algum.
E com um meio sorriso, ela de despede daquela rotina e da frágil maturidade, que com tanto espaço, não soube caber e crescer.
E anda pra frente, sem olhar pra trás.
Porque pra vida, só quem se atreve a viver.