Num giramundo insano
as coisas parecem não ter fim
as soluções rodeiam e se dão através de retalhos
Nada é novo, nada brilha
É como acender um cigarro que já acabou
Pra fumar desesperadamente seu filtro
Só pra ter a ilusão de que alcançou seu objetivo de forma plena
Apesar de todo mundo saber que não é bem assim.
Mil ventos balançando minha roseira
E ficar aqui parece inútil
Ainda que eu tente entender, que eu tente enxergar algo além
Nada vem. Nada além. Tudo aquém.
Costumava dizer que não tinha medo do chão
Do impacto do meu rosto com o asfalto
E realmente creio que não tenho
Mas quedas repetidas da própria altura, um dia cansam.
Que há pra ser feito em meio à tanta coisa?
Tanta coisa pesada, que insiste, que persegue
Que sodomiza, que embota, que escurece todo o ser.
Que há pra ser feito, que há pra se fazer?
Por que tem que sempre existir ações que desmentem palavras?
Por que sonhos cada vez mais voam perto do chão?
Por que a vida se desenrola nessa confusão?
Por que a angústia não dá lugar à construção?
Vida, deixa eu manter meu sorriso em paz.
Deixa meu olhar brilhar mais.
Não me faça endurecer.
Não me faça enlouquecer.
São tantos gritos desesperados em tantas direções
E mesmo assim, sem respostas, sem reações.
Não sei se sabem, mas apesar de também ser resposta,
O silêncio doi demais.
Alegrias espontâneas com tempos esgotando no segundo em que começam
A vida não pode ser assim tão frágil, tão pouca.
Eu quero enxergar, quero mudar
Quero despir-me de tudo que não me presta mais, em mim e no outro
Quero mudanças ativas, quero o beijo, afago e o louco.
Desbravar as minhas diferentes identidades
Perceber como se vive de verdade
Escutar o som que vem a mim e me dar por feliz
Ser contente com o que tenho e o que posso ter, sem sentir a vida por um triz.
Escrever minhas poesias, sanar meus vazios sempre que der
Enchê-los de locomotivas, pra lidar com o que vier
Fazer dessas vidas que acredito tocar
Extensões do meu lar
Gritar por puro direito, sem nó no peito
"Eis-me aqui, que me encontrei quando prometi partir (de mim mesma)."
sábado, 28 de junho de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Terça-feira
Não é pra suportar.
Não é pra cumprir compromisso.
Voa. Vá, agora.
Teu coração se exalta perante à tanto sofrer de alma.
As pessoas ao entorno passam. Não notam.
Talvez seja melhor assim.
Que diabos é a vida?
Moinhos e ventos que brigam
Num intervalo de tempo chamado eternidade.
Nós não somos tão reais quanto achamos.
Nem tão vivos quanto desejamos.
E ainda assim, tem tanto mais além.
O real potencial se esvai
Por todo ralo que a nossa via cai
Presos numa rotina que só faz amargurar.
E quem se atreve a se libertar, que fim terá?
Terá fim?
As vozes se confundem, me irritam.
Não me deixam continuar o que comecei.
Meu espaço não é meu, lhos curioso pousam sobre mim.
Inspire. Expire.
Já pode descer agora? Já pode pedir emancipação dessa loucura?
Eu respiro problemas, amor meu. Eles adoram grudar em gente como eu.
“O QUE FOI QUE EU FIZ?”, eu grito.
Ouço passos. Mais olhares falsos.
As suas palmas não me agradam, não vou sorrir pra você.
Saia daqui.
Respiro.
De soslaio, percebo que olhos curiosos persistem em querer saber o que escrevo.
Jamais.
Palavrão tímido, desabafo de um homem.
“É foda” resume bem a vida de todos presentes.
Alguns ainda sorriem. Caminham devagar. E enfartam.
Morreram por fingir ser feliz demais.
“Almoçar? Minha casa tem prato sujo desde sexta-feira!”
Desabafo pesado de uma mulher.
Conversas de faxina. Me desligo.
Passos. O chão range irritantemente atrás de mim. Mostra ansiedade, pressa, desespero. Perfil normal de quem vive na atualidade.
Me distraio. Muitas vozes falando ao mesmo tempo.
Não tenho espaço. É irritante.
“Que carinha é essa?” Me perguntam.
Sorrio amarelo, não preciso responder. Engata num monólogo divertidíssimo (apenas para si) e recebe aprovação minha através de um sorriso mais sincero meu.
Vai embora.
Não sinto muita coisa.
Volto a escrever.
O inferno... é aqui.
E ninguém parece notar.”
Não é pra cumprir compromisso.
Voa. Vá, agora.
Teu coração se exalta perante à tanto sofrer de alma.
As pessoas ao entorno passam. Não notam.
Talvez seja melhor assim.
Que diabos é a vida?
Moinhos e ventos que brigam
Num intervalo de tempo chamado eternidade.
Nós não somos tão reais quanto achamos.
Nem tão vivos quanto desejamos.
E ainda assim, tem tanto mais além.
O real potencial se esvai
Por todo ralo que a nossa via cai
Presos numa rotina que só faz amargurar.
E quem se atreve a se libertar, que fim terá?
Terá fim?
As vozes se confundem, me irritam.
Não me deixam continuar o que comecei.
Meu espaço não é meu, lhos curioso pousam sobre mim.
Inspire. Expire.
Já pode descer agora? Já pode pedir emancipação dessa loucura?
Eu respiro problemas, amor meu. Eles adoram grudar em gente como eu.
“O QUE FOI QUE EU FIZ?”, eu grito.
Ouço passos. Mais olhares falsos.
As suas palmas não me agradam, não vou sorrir pra você.
Saia daqui.
Respiro.
De soslaio, percebo que olhos curiosos persistem em querer saber o que escrevo.
Jamais.
Palavrão tímido, desabafo de um homem.
“É foda” resume bem a vida de todos presentes.
Alguns ainda sorriem. Caminham devagar. E enfartam.
Morreram por fingir ser feliz demais.
“Almoçar? Minha casa tem prato sujo desde sexta-feira!”
Desabafo pesado de uma mulher.
Conversas de faxina. Me desligo.
Passos. O chão range irritantemente atrás de mim. Mostra ansiedade, pressa, desespero. Perfil normal de quem vive na atualidade.
Me distraio. Muitas vozes falando ao mesmo tempo.
Não tenho espaço. É irritante.
“Que carinha é essa?” Me perguntam.
Sorrio amarelo, não preciso responder. Engata num monólogo divertidíssimo (apenas para si) e recebe aprovação minha através de um sorriso mais sincero meu.
Vai embora.
Não sinto muita coisa.
Volto a escrever.
O inferno... é aqui.
E ninguém parece notar.”
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Laço de ouro
Doses homeopáticas
Sintonias de prazer
Gosto de 'quero mais'
Até o amanhecer.
Falas inusitadas
Elogios inseguros
Risadas sincronizadas
Mentes encantadas no escuro
Eu quero ver
O que mais há dentro de você
De experiências à sensações
De ciências à desilusões.
De tantas voltas que a gente dá
Esbarramos num curioso encontro
Muito mais que nó; vieste a se enlaçar!
Forte como ferro, belo feito ouro.
Sutileza que traz esperança.
Calmaria pra me apascentar
Beleza que nem criança
Cresce a cada piscar.
E se desenvolve sem sentir
Quando vê, já é ela pura!
O que és por fora só faz convergir
O que por dentro inunda.
Traça esse sorriso com o teu olhar
E as falas com atenção
É pedir pra que eu enlouqueça só de observar
E que sobressalte o coração.
Que haja prosperidade, troca, desejo.
Felicidade de alargar a boca
Traz teu cheiro, traz teu beijo
Que do resto, juntos damos conta.
Sintonias de prazer
Gosto de 'quero mais'
Até o amanhecer.
Falas inusitadas
Elogios inseguros
Risadas sincronizadas
Mentes encantadas no escuro
Eu quero ver
O que mais há dentro de você
De experiências à sensações
De ciências à desilusões.
De tantas voltas que a gente dá
Esbarramos num curioso encontro
Muito mais que nó; vieste a se enlaçar!
Forte como ferro, belo feito ouro.
Sutileza que traz esperança.
Calmaria pra me apascentar
Beleza que nem criança
Cresce a cada piscar.
E se desenvolve sem sentir
Quando vê, já é ela pura!
O que és por fora só faz convergir
O que por dentro inunda.
Traça esse sorriso com o teu olhar
E as falas com atenção
É pedir pra que eu enlouqueça só de observar
E que sobressalte o coração.
Que haja prosperidade, troca, desejo.
Felicidade de alargar a boca
Traz teu cheiro, traz teu beijo
Que do resto, juntos damos conta.
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