O momento é lisonjeiro.
A verdade sempre esteve ali.
Ela sabia que precisava se respeitar
Mas nem tão cedo iria reagir.
Afinal, precisa lutar contra o tempo!
O sistema não permite descanso não.
Mas a insônia, a fome o cansaço
Esses sim, farão parte da solidão.
No peito, a dor que já reconhece.
Os lábios nem se importam mais de não curvar.
Faz tempo que ali um sorriso não amanhece
E as olheiras tiram o brilho do seu olhar.
Acaba por se dar conta
De que a vida é coisa imprevisível
Não sabe o quanto isso desmonta
As bases de um sonho que parece impossível.
Volta e meia, uma lágrima cai
Cai pra dizer que ali ainda tem vida.
Diz que não se desiste e nem se esvai
Que a loucura é coisa indevida.
Se entende por loucura algo que é e não é
Depende sempre de onde vem
Nesse caso, loucura é não tentar
Não tentar rir e te fazer bem.
E apesar do enjoo que causa mau estar
Ela alimenta esperança quando se esbarra no teu olhar
A ansiedade, ela já mandou pastar
Enxerga que agora, é nova hora de tentar.
Por fim, ela se pergunta: "Já tentou sorrir de verdade hoje?"
"Já fez alguém feliz?"
"Decidiu encher seu jardim de flores
Ou vai ficar no 'sempre quis, mas nunca fiz' ?"
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